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Depois dos copos de vinho tinto da Crate & Barrel, é a vez das roupinhas da Olivia Pope passarem a ser acessíveis à comum das mortais. Meninas e senhoras das Public Relations, já não vos falta nada para serem verdadeiras gladiadoras.
Para quem não sabe do que estou a falar, escrevi há tempos sobre a série Scandal, a única que tem como protagonista uma profissional de comunicação, a famosa Olivia Pope.
Segundo o site filmspot, chega no outono a colecção de trapinhos inspirada nos usados por Olivia, uma verdadeira trend-setter. Diz o site que é a primeira vez que uma rede de lojas de roupa e uma série de televisão estabelecem uma parceria a este nível envolvendo a protagonista e a respetiva designer de moda. A notícia é boa porque as roupas vão estar disponíveis em Portugal e os preços não parecem ser exorbitantes.
Tendo em conta que o sector das PR é constituído em 70 a 80 por cento por mulheres, parece haver aqui mercado para uma verdadeira (e necessária) revolução na imagem das nossas profissionais de PR.
Entretanto, esperamos pela estreia da 4ª temporada, que há-de cá chegar apenas em 2015.
(Nota: a T-shirt que ilustra este post não faz parte da nova colecção da The Limited. É um dos poucos produtos de merchandising da abc tv store.)
(Nota 2: Obrigada ao gladiador Rodrigo Saraiva pelo alerta. Parece que os gladiadores vão ter de esperar)
"Scandal", da ABC, é uma das poucas séries que sigo e, que eu saiba, a única que está centrada na área das relações públicas. Mais concretamente, na área da Comunicação de Crise.
Na série televisiva, Olivia Pope, "The Fixer", é uma profissional que gere uma agência de Relações Públicas especializada em gestão de crises, direccionada para clientes da área política no micro-cosmos de Washington. A série, que se pode classificar como um thriller político, gira à volta da relação amorosa de Pope com o presidente dos Estados Unidos.
Descobri há pouco que a protagonista Olivia Pope foi inspirada na figura real de Judy Smith, uma especialista em gestão de crises que tem uma agência com o mesmo nome e trabalhou com personalidades várias, sendo a sua maior referência o ex-presidente George W. Bush de quem foi assessora de imprensa. A estagiária Monica Lewinski e o derrame da BP no Golfo também constam da sua galeria. Uma das "espinhas" que parece ter entalada na garganta foi não ter sido contratada para gerir a crise do casamento de Tiger Woods (vale a pena ver esta entrevista ao Jon Stewart).
Smith é não só a inspiração, mas também a consultora e co-produtora executiva da série. Embora Scandal tenha evoluído para uma palhaçada em termos de argumento, ainda vale a pena pelos bons momentos e bons casos de gestão e comunicação de crise. Aí, o dedo da consultora está lá, nos detalhes e realismo que qualquer outra série policial americana teria caricaturado. (Esclareça-se que a ficcional relação de Pope com o presidente não tem nenhum fundamento numa suposta relação de Smith com George W. Bush).
Descobri também que Smith lançou um livro o ano passado sobre a sua experiência na gestão de crises. O livro, que ainda não li mas já encomendei (estou à janela à espera do drone), será um repositório da sua experiência de mais de vinte anos nestas lides.
O livro identifica sete traços comumente encontrados na origem de uma crise, que podem passar de positivos a negativos quando se perde o controlo:
Em suma, as crises existem porque somos humanos. Às vezes, humanos demais.
Para quem nunca viu, fica aqui o trailer da primeira temporada de "Scandal"
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