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Banca, jornalistas, comunicação e matemática podem não dar uma boa combinação.
O Novo Banco acaba de apresentar o novo logotipo, e dá-se ao trabalho de elaborar uma memória descritiva em que explica o lettering, o símbolo e as cores:
"O símbolo parte da reinterpretação das asas da borboleta que simbolizou na primeira campanha transformação e capacidade de renovação. Representado como uma potência matemática, traduz o elevar do compromisso da equipa Novo Banco ao desafio de voltar a ocupar a posição de liderança que o mercado sempre lhe reconheceu".
Ora, e qual é o título do Jornal de Negócios?
Assim não há condições.
Como é que ninguém ainda se tinha lembrado desta solução, simples, barata e eficaz?
Porque santos da casa não fazem milagres.
(imagem do Diário Económico)
A ser verdade o que diz hoje o Dinheiro Vivo, "Novo Banco já está a preparar mudança de marca", a criação de uma terceira identidade para o "BES-NovoBanco-BancoBom" é um novo erro de gestão de marca, uma esquizofrenia de marketing.
Como aqui disse há dias, "O rebranding só fará sentido quando deixar de ser um banco de transição, quando tiver novos donos e um verdadeiro novo projecto de negócio."
Pois parece que a ideia é avançar com um inevitavelmente complexo e caro processo de rebranding de um banco que será em breve vendido e certamente rebaptizado pelos compradores, pois não terá tempo nem modelo de negócio que permita a construção -já nem falo em consolidação - da marca.
Parece haver aqui uma fuga para a frente, uma maquilhagem de fachada, um fim de festa de um banco travestido com purpurinas e lantejoulas.
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