O tema é inesgotável, e parece que o rastilho lançado pelo
Rodrigo pegou.Vou apenas referir, porque muito interessante, a
análise do Nuno Gouveia à realidade norte-americana e de que recomendo a leitura. Chego à conclusão, a partir do histórico feito pelo Nuno que, de facto, faz sentido que nos Estados Unidos os bloggers se equiparem cada vez mais a jornalistas (quem quiser pode ver
aqui o resumo do estudo) Basta ver a quantidade de blogs que se transformaram em meios de comunicação social e que, no jargão actual, se denominam de
social media.Claro que em Portugal estamos a milhas dessa realidade. Mas acredito que cá chegará. Como em tudo o resto, o nosso atraso tem a ver com a falta de recursos, o pequeno mercado e a tradicional cultura de minifúndio, onde cada blog tem a sua quintinha. Por isso demorará a transformação dos blogs em verdadeiros social media. Não deixam, contudo, sobretudo na política (mas não só) de serem media cada vez mais influentes.
Depois, no blog do 31 da sarrafada, o
Fernando Fonseca, que se assume como "blogger sem agenda" e refuta o epíteto de jornalista, dá o mote a comentários a esse post, muito interessantes, da
Jonas Nuts, que equipara os blogs a orgãos de comunicação social, mas distingue-os claramente dos "orgãos tradicionais".
Por fim, o Carlos José Teixeira, no seu blog
semiose.net procura definir a linha que separa bloggers de jornalistas: obrigações legais, éticas e deontológicas dos segundos que os primeiros, de facto, não têm.
Numa desesperada tentativa de síntese, arrisco-me a esta: num futuro mais ou menos próximo, todos os meios de comunicação social terão uma configuração próxima dos blogs. Uns serão de grande dimensão e terão profissionais (que não sei como se chamarão) e outros serão pequenos blogs pessoais, ou de pequenos grupos, ou corporativos, e serão amadores (como se pretende equiparar agora os bloggers). Antevejo ainda a extinção da ERC...