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Foram hoje partilhadas nas redes sociais imagens de outdoors do Ikea que remetem, numa primeira leitura, para o chamado 'marketing de oportunidade com dimensão humorística'. Estas campanhas fazem as delícias de miudos e graúdos, os criativos vibram, os consumidores adoram. Pessoalmente, sou grande entusiasta deste tipo de criatividade.
A Ikea usa a temática eleitoral para partilhar mensagens benignas e divertidas e com as quais os consumidores se conseguem relacionar de forma imediata: geringonça, coligação, inflação...
Eu disse benignos? Talvez não todos. Quiçá levados pelo entusiasmo, os criativos (e os clientes que aprovaram) entraram num terreno um pouco mais movediço, no campo judicial-partidário, com a estante Kallak a relacionar-se com a operação Influencer. Nada surpreendente que tenha gerado leituras político-partidárias:
Embora a Ikea tenha garantido, em comunicado, que nunca teve "qualquer intenção ou propósito de contribuir, seja de que forma for, para o debate partidário e para o atual contexto pré-eleitoral que se vive no país", a verdade é que contribuiu. O humor na comunicação de marcas é um terreno escorregadio.
Adenda: na febre criativa, a concorrência espicaçou-se e entrou no jogo ...
(imagens gentilmente roubadas de tweets de @manjos, @joaovillalobos e @glevycordeiro).
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