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"What happens here, stays here" foi, até à data, um dos melhores slogans do marketing turístico do mundo, um dos mais reconhecidos e citados de sempre. Muitas vezes usado na forma "What happens in Vegas, stays in Vegas", a campanha nasceu em 2003, quando o departamento de turismo de Las Vegas pediu à agência R&R Partners para pensar num novo posicionamento do destino que fosse para além do jogo e dos casinos.
Um ano de pesquisa levou a agência a identificar uma ligação fundamental entre a marca Las Vegas e os seus visitantes: Liberdade. Liberdade de ser diferente do que se é em casa. Liberdade de fugir dos constrangimentos do dia a dia. E, claro, a garantia de o que lá acontece não é partilhado. Em lado nenhum.
Escreveu a agência no case study da campanha:
The emotional bond between Las Vegas and its customers was freedom. Freedom on two levels. Freedom to do things, see things, eat things, wear things, feel things. In short, the freedom to be someone we couldn't be at home. And freedom from whatever we wanted to leave behind in our daily lives. Just thinking about Vegas made the bad stuff go away. At that point the strategy became clear. Speak to that need. Make an indelible connection between Las Vegas and the freedom we all crave.
Este anúncio de 2009 é um inteligente exercício de humor, tornando a crise - que também atingiu Las Vegas - numa oportunidade para captar visitantes.
Fica claro que este princípio de liberdade de se ser o que se quiser tem associado um código de conduta. No filme abaixo, uma campanha de 2011, uma mulher "quebrou o código" tirando fotos e publicando no twitter. É por conseguinte ostracizada pelos amigos e por todos os que participam na festa.
Escusado será dizer que este slogan, que tem resistido aos tempos, provavelmente encerra aqui o seu ciclo de vida.
A partir da malha criada pelos cabos dos eléctricos de Lisboa surgiu a ideia de criar uma tipografia. O traço de cada letra é formado pelo cruzamento aleatório dos cabos. Assim nasceu a LX Type que passa a ser a fonte oficial de Lisboa.
Podemos testar a fonte, com qualquer palavra. A cada letra corresponde um sítio da cidade onde se pode chegar de eléctrico, transformando palavras em guias espontâneos que podem ser partilhados através do site.
A mim calhou-me uma volta que confesso nunca ter feito integralmente de eléctrico. Fazia muitas vezes o percurso Estrela-Camões até me aperceber do custo absurdo do bilhete.
Mas isto é um excelente exemplo de storytelling e uma boa iniciativa para turistas. Venham eles.
(Descoberto via @armandoalves)
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