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E porque hoje é sexta (apesar de todos os dias agora me parecerem sexta-feira), deixo aqui uma nota mais ligeira.
Um excelente exercício de criatividade de um designer irlandês, Luke O’Reilly, para a marca Guiness. Note-se que a marca é alheia a esta criação, que foi desenvolvida no âmbito duma plataforma "One minute briefs", conforme se explica neste artigo da Marketeer.
Bom fim de semana. Em casa.
Nesta crise, muitas marcas estão a tentar manter-se relevantes e inspiradoras para os seus clientes. E fazem-no essencialmente de duas formas: com acções de responsabilidade social e com peças criativas que passam informação útil ou sublimam a vida em casa.
A primeira razão para querermos, nesta altura, que uma marca comunique connosco é sentirmos que ela está a participar no esforço colectivo. Aceitamos também conteúdos "quentes", relacionados com a situação em que vivemos, como conselhos, informação útil, posts inspiradores nas redes sociais, que são o melhor local para manter a proximidade com os consumidores.
Mas é fundamental que as acções e as mensagens sejam perfeitamente compatíveis com aquilo que as empresas fazem. Ligações forçadas serão rejeitadas.
Recolhi algumas acções de responsabilidade social de empresas em Portugal.
O Grupo Nabeiro produz agora, na sua fábrica de fardas de trabalho, máscaras que são distribuídas pelos hospitais.
A Galp pôs à disposição da DGS os mupis que tinha comprado para uma campanha comercial.
No campo da publicidade, destaco o filme produzido pela Dove e pela equipa de brand entertainment da SIC. Um conteúdo adaptado ao momento e pertinente para a oferta da marca.
E ainda o filme da Ikea, mais uma vez pertinente e coerente com a marca.
Quem quiser partilhar outras iniciativas das marcas e das empresas, é bem-vind@.
Os vencedores da factura da sorte vão ganhar um Audi A4, um modelo "premium" da marca alemã, com um valor comercial de 35 mil euros. Haverá ainda sorteios especiais do modelo A6.
Isto é bom para a marca? Em termos de vendas, são apenas cerca de dois milhões de euros. Não é muito, mas é dinheiro.
E em termos da imagem da marca?
Audi é uma marca automóvel tipicamente aspiracional. Ter um Audi ou um BMW é sinal de sucesso, e define também um posicionamento profissional que atribui estas marcas às frotas das empresas para os seus executivos.
Um tweet esta tarde do @diniscosta chamou-me a atenção: "acho q a Audi não está bem a ver o filme: "que tal este A6, vizinho?"- "porreiro. saiu-lhe no omo, foi?"
Ao atribuir-se um Audi por sorteio, por ser uma marca aspiracional, o carro perde simultaneamente e aparentemente paradoxalmente parte do seu carácter aspiracional. Qualquer um (leia-se qualquer zé-ninguém) pode ter um carro igual.
Subliminarmente, a marca perde valor.
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