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O presidente da Venezuela anunciou ontem a criação de um "Ministério para a Comunicação Internacional, dedicado exclusivamente à defesa mundial da Venezuela".
Nicolas Maduro tem-se focado, nos últimos tempos, naquilo que diz ser uma "guerra mediática de desinformação" contra a Venezuela. Durante a vaga de protestos em fevereiro passado, e quando uma manifestação terminou em violência no centro de Caracas, diversas montagens contra Maduro e o governo foram disseminadas nas redes sociais, e em cadeias de televisão internacionais como a CNN.
Maduro entende que existe "um plano internacional contra a Venezuela" que se desenvolve por via mediática, e onde se incluem os meios digitais, onde imagens, falsas ou verdadeiras, percorrem o mundo em questão de segundos, sem a maioria das pessoas verificarem a sua origem antes de as partilharem.
O caso de Maduro, por muita paranóia que se lhe queira eventualmente atribuir, contém um facto real no cenário político actual. A guerra da comunicação política desenvolve-se hoje na rede mundial e os regimes enfrentam desafios cada vez mais complicados na gestão da sua reputação internacional.
Os foros tradicionais como a ONU, a subcomissão de Direitos Humanos, a Organização de Estados Americanos ou a União de Nações da América do Sul, onde Maduro diz que a Venezuela goza de "muito prestígio", estão a perder credibilidade e influência em termos do reconhecimento internacional dos regimes.
A guerra da comunicação é, cada vez mais, uma guerra de "inteligência da comunicação". Os exércitos recrutam-se agora nas redes sociais.
[Imagem retirada do DN online]
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