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Paz, pão e liberdade de bloggar

por Alda Telles, em 11.04.10
[caption id="attachment_200" align="alignleft" width="225" caption="Foto de Luciano Alvarez (Público) via blog "31 da Sarrafada""][/caption]O "acontecimento" mais interessante do congresso social-democrata foi a inesperada "guerra" que estalou entre jornalistas e bloggers. O novo presidente do PSD, num gesto de "modernidade" e em reacção ao anterior congresso onde os blogs não foram credenciados, resolveu promover uma reunião apenas com escritores da blogoesfera.As reacções de jornalistas, alguns com décadas de cobertura de congressos e circuitos da carne assada, não se fez esperar, como revelaram este tuite e este.Este assunto levanta, pelo menos, duas questões interessantes: Deverão os políticos olhar para os blogs e as redes sociais com media prioritários? E, poderão os bloggers equiparar-se a jornalistas?Sobre a primeira questão, penso definitivamente que sim. Embora seja absurdo, quando os meios tradicionais ainda representam uma força cujo melhor exemplo é o recurso que os blogs e o twitter fizeram da televisão durante o congresso, hostilizar esses mesmos media. O grande desafio da comunicação é, precisamente, saber trabalhar com as duas realidades.Sobre a segunda questão, parece que os bloggers em Portugal ainda não se assumem como jornalistas, pelo menos estes e estes. Essa não é, contudo, a opinião no mais maduro mercado americano, conforme já se deu nota aqui. Um recente estudo da PR Week revelou que 52% dos bloggers norte-americanos se consideram jornalistas.Esta é um questão altamente controversa e as reacções negativas reportam-se sobretudo à questão profissional, aos códigos de conduta e à responsabilidade. Requisitos que os jornalistas têm de respeitar e os bloggers, para já, não.Posto desta forma, é verdade. Mas trata-se apenas de uma questão de tempo e de forma. A audiências e a influência dos bloggers é crescente e, tal como os jornalistas, são capazes de difundir informação (e opinião?) rapidamente.A questão da qualidade e da credibilidade, tal como se coloca aos jornalistas, é, como em tudo, uma questão de selecção natural. Os bons bloggers rapidamente encontrarão a necessidade de serem sérios, rigorosos e autênticos para ganharem a confiança dos seus leitores.

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publicado às 20:37

Mensagens


4 comentários

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De commonsense a 11.04.2010 às 21:01

Toda a razão. E o bloggers têm a vantagem de não serem assalariados, não terem patrão e, por isso, não andarem a reboque de agências de you know who.
Há francamente mais liberdade, e mais espontaneidade na blogosfero que nos jornais.
Gostei deste blog e linkei-o
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De Alda Telles a 11.04.2010 às 21:57

Obrigado por nos ter linkado. Como já percebeu, o blog dedica-se às questões da comunicação e a análise pretende sê-lo exclusivamente desse prisma. O que não impede, como em todas as abordagens, uma determinada postura política. Neste caso, a evolução dos media para uma rede totalmente aberta de produtores de informação e opinião abre necessariamente uma ampla discussão política.
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De DG a 12.04.2010 às 15:18

Salvo melhor opinião (odeio advogados) bloggers são geralmente comentadores, e no NYT os comentadores já não têm colunas têm bloggs i.e. Krugman. Jornalistas devem continuar a tratar dos factos e derivar deles conclusões. Se os jornais e jornalistas se vão desmaterializar e passarem a electrónicos? Sem dúvida que sim.
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De Jornalismo ou não | *semiose.net a 12.04.2010 às 20:30

[...] pela audiência”, uma questão de «selecção natural», segundo a autora do post “Paz, pão e liberdade de bloggar ”. Claro que os políticos devem olhar para os blogs como um medium prioritário, tanto [...]

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