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Fiz uma piada no twitter a propósito da nova identidade dos CTT. Teve algum êxito e gerou até alguns comentários depreciativos. Bom, foi sobretudo um momento de descontracção típico das redes sociais.
O post era na realidade mais destinado aos profissionais da imagem e do design que ao cidadão comum. A verdadeira mensagem por detrás do meu tweet é que, na maioria das vezes, o que parece um trabalho simples, quase invisível, tem centenas de horas de trabalho. Trabalho interno, que vai desde a identificação do melhor caminho a seguir até à concretização, que tantas vezes fica longe das primeiras ideias. E há a sensível relação com o cliente, as reunões de brief, debrief, rebrief e redebrief.
O caso concreto do restyling do logotipo dos CTT é um caso ingrato de percepção pelo público. Não conheço o processo em concreto, mas o exercício de alterar quase imperceptivelmente uma imagem e, ao mesmo tempo, conferir-lhe mais modernidade e dinamismo, é um exercício difícil e delicado.
Explicá-lo é um outro tanto.
PS: Obrigada à @AnaMarcela pelo artigo e pela imagem comparativa.
Cargo:Direcção do departamento de Propaganda e Agitação do Partido dos Trabalhadores
Job description: "auxiliar e consolidar o poder de Kim Jong-un" e implementar "projetos de idolatria"
Nem António Ferro se lembraria desta.
Foi hoje noticiado que a livraria Lello vai cobrar entradas aos quatro milhares de turistas que diariamente invadem o espaço, não para comprar livros mas para tirar fotografias (e imagino que milhares de selfies com as obras completas de Camilo em fundo).
Segundo o Observador, a ideia é cobrar 3 euros a cada turista, valor que será descontado se fizer uma compra.
Esta é uma ideia inteligente e, sobretudo, uma medida justa. Se um espaço é visitado como uma atracção turística, porque havemos de pagar 15 euros para visitar uma casa morta como La Pedrera e nao 3 para visitar uma das mais belas livrarias vivas do mundo?
Esta questão da Lello leva-me a um tema hoje muito discutido no comércio retalhista: o "showrooming". Cada vez mais pessoas praticam o chamado "mau" ROBO, isto é "Research Offline and Buy Online". O consumidor, que é inteligente, vai ver e experimentar produtos nas lojas e depois comprá-los em sites com melhores preços, como por exemplo na Amazon. As lojas físicas passam a ser meros showrooms, com atendimento personalizado e vendas nulas.
Muitas lojas nos Estados Unidos já cobram o chamado "fitting fee" para os clientes entrarem e experimentarem, sendo depois descontado se for feita a compra.
A livraria Lello pode estar a dar o primeiro passo numa tendência que vamos ver crescer.
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