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Marinho Pinto, o bastonário da Ordem dos Advogados, reconhece que precisa de uma agência de comunicação. Acontece que, muito provavelmente, não conseguiria contratar nenhuma.
Marinho Pinto é o típico cliente que nenhuma agência quer. Queixa-se de "pagar uma fortuna" e depois não sair nenhuma menção no Expresso. Queixa-se de falar ao Público com a sua protegida e só sairem as suas declarações. Queixa-se dos concorrentes serem mais eficazes na sua comunicação. Queixa-se.
No relambório de queixas, cai na contradição de acusar as agências de comunicação de serem simultaneamente eficazes e não eficazes. Eficazes para os outros concorrentes, ineficaz para si.
É o típico caso do cliente que não percebe, não quer perceber e tem raiva de quem percebe de comunicação. Livra.
Ora aqui está outro conceito que em Portugal vai pelas ruas da amargura, no que ao esforço diplomático oficial diz respeito. No caso, falta de respeito. No caso, pela bandeira nacional.Nation branding é a construção da imagem e da reputação de um estado-nação, e é medida através de uma série de indicadores, como a cultura, o regime, as pessoas, as exportações, o turismo, o investimento e a imigração. Em geral, é a percepção que os outros países têm do nosso.O nation branding é fomentado e tutelado pelo governo em muitos países. No Reino Unido, até lhe chamam "public diplomacy". O comentário de Segismundo Pinto tem duas palavras-chave: "tosca" e "desenrascar". É este o estado da nossa "public diplomacy".Valham-nos as pessoas, as empresas exportadoras e o turismo para não cairmos no fundo da tabela.Numa cerimónia oficial no México, o primeiro-ministro, Passos Coelho, discursou sob o pano de fundo de uma bandeira portuguesa diferente e não oficial. A Rádio Renascença (RR) conversou com Segismundo Pinto, do Instituto Português de Heráldica, que admite que a «tosca bandeira» tenha sido «fabricada no México para desenrascar».
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