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Retrato sociológico do jornalista português

por Alda Telles, em 21.10.10

 

Acaba de ser publicado, segundo os autores, o mais completo e profundo trabalho de sempre sobre os jornalistas portugueses. Objectivo: «aprofundar o conhecimento relativo a um grupo socioprofissional em constante recomposição e de importância decisiva na formação da opinião».

Os dados são imensos, mas numa síntese, sabemos que existem 7402 jornalistas titulares de carteira profissional (um número praticamente estagnado desde 2004), que neste momento há uma ligeira predominância masculina (41% de mulheres e 59% de homens) mas que esta relação vai rapidamente mudar (nos últimos 5 anos entraram na profissão 508 homens e 706 mulheres e as mulheres são já maioritárias nas faixas etárias dos 20 aos 34 anos).Não é de estranhar que, tal como noutras profissões, apesar do equilíbrio de género, os homens continuem a dominar os cargos de chefia (80%).Outros dados interessantes: uma classe em rejuvenescimento (70% dos jornalistas têm entre 25 e 44 anos de idade), um nível de instrução relativamente avançado (60% dos jornalistas possuem uma licenciatura ou um bacharelato) e um peso já significativo de freelancers (15%).Vale  pena consultar o site do estudo onde está informação mais detalhada e ler as entrevistas em profundidade a jornalistas de referência da nossa praça.Última nota, e a mais preocupante: as indicações quanto ao "estado de alma" da profissão que resultaram das entrevistas ao segmento "Jovens Jornalistas":
  • Descrença quanto ao papel de jornalista-actor em processos de mudança social;
  • Recusa de relações de informalidade no interior das redacções, de partilha de solidariedades, de gostos e de hábitos que, antes, configuravam a chamada «tribo jornalística»;
  • Exacerbar de pulsões individualistas acompanhadas de alguma displicência no que respeita ao respeito de códigos éticos ou deontológicos;
  • Aceitação incondicional de imposições hierárquicas;
  • Primado de uma formação técnica, em detrimento de saberes e expressões culturais diversificados.
Nota: Agradeço à minha colega Ana Pinto Coelho a partilha deste estudo.

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publicado às 14:39

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