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Sensibilidade e bom senso

por Alda Telles, em 05.03.10
Concordo com o João que se indigna aqui com aquilo que eu leio como uma péssima estratégia táctica de comunicação. Houve até quem ironizasse, dizendo que "os consultores de imagem do Paulo Rangel o aconselharam a fazer constar que vai dispensar consultores de imagem". De facto, é incompreensível e, no mínimo, desajeitado, atribuir falhas de argumentação num debate a qualquer consultor, amigo ou conselheiro. Neste caso, não se trata de "matar o mensageiro", mas antes de um aparente suicídio de carácter.Infelizmente, o João sabe tão bem como eu como estão sujeitos os consultores à ingrata condição de bode-expiatório quando a mensagem é fraca, ou a sua entrega mal feita (regra geral, porque os conselhos não são seguidos, diga-se de passagem).Inclino-me, contudo, para a possibilidade de um "media training" demasiado curto, conjugado com uma enorme ansiedade do candidato em vencer num território que não lhe é familiar. Rangel só tem de retirar as devidas lições, humildemente, e continuar a sua preparação. Os debates televisivos não esgotaram as suas possibilidades, mas ele parece querer fazer crer que sim.

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publicado às 18:58

Foi a queda do muro de Berlim e pouco depois foi o nascimento do Público (um ano depois nascia a Fonte Comunicação). Grandes e entusiasmantes tempos se viviam então, e éramos todos vinte anos mais novos.Tive o privilégio de assistir de alguma forma ao parto do Público, embora Henrique Cayatte sempre tenha guardado o seu tesouro a sete chaves. Mas tive oportunidade de compreender o processo criativo do mais bonito jornal português.  A revolução na côr, nas fotos, nas infografias, na paginação, nas fonts de letras. As abordagens jornalísticas de ruptura, a qualidade e profundidade da informação. O extraordinário génio português de estudar o que de melhor se fazia no mundo e dar, uma vez mais, novos mundos ao mundo, neste caso ao maravilhoso mundo dos jornais.O prazer de pegar num jornal que, pela primeira vez, não sujava as mãos e cuja leitura era um prazer intelectual e sensorial, foi um privilégio de que sempre estarei grata.Para o bem e para o mal, o Público é o mais importante jornal nacional da última década do século 20. Passou muitas vicissitudes que não o deixaram incólume e perdeu alguma da sua grandeza em momentos da sua (nossa) história. Continua a ser um jornal atraente, mas as cirurgias plásticas, se ajudam a mascarar a idade, também levam um pouco da alma.Mesmo assim, lendo hoje a edição nº 7274, continuo a sentir que o Público é, ainda, o mais próximo do jornal perfeito. Parabéns, Público. Parabéns aos investidores e fundadores que te deram vida e melhoraram a nossa.

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publicado às 13:05

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