por Alda Telles, em 05.03.10
Concordo com o João que se indigna
aqui com aquilo que eu leio como uma péssima
estratégia táctica de comunicação. Houve até quem ironizasse, dizendo que "os consultores de imagem do Paulo Rangel o aconselharam a fazer constar que vai dispensar consultores de imagem". De facto, é incompreensível e, no mínimo, desajeitado, atribuir falhas de argumentação num debate a qualquer consultor, amigo ou conselheiro. Neste caso, não se trata de "matar o mensageiro", mas antes de um aparente suicídio de carácter.Infelizmente, o João sabe tão bem como eu como estão sujeitos os consultores à ingrata condição de bode-expiatório quando a mensagem é fraca, ou a sua entrega mal feita (regra geral, porque os conselhos não são seguidos, diga-se de passagem).Inclino-me, contudo, para a possibilidade de um "media training" demasiado curto, conjugado com uma enorme ansiedade do candidato em vencer num território que não lhe é familiar. Rangel só tem de retirar as devidas lições, humildemente, e continuar a sua preparação. Os debates televisivos não esgotaram as suas possibilidades, mas ele parece querer fazer crer que sim.