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A Entrevista

por Alda Telles, em 21.10.13
socrates entrevista expressoNão vou analisar os efeitos políticos da entrevista de José Sócrates ao Expresso. Teoricamente, eles serão nenhuns. Não se vislumbra, de imediato, lugar para ele nas instâncias politico-partidárias. Embora esquerda e direita tremam, cada um para o seu lado.Mas o seu efeito mediático foi gigante. E a omnipresença de Sócrates na esfera dos jornais, dos blogues e dos comentários não vai parar tão cedo. Geram-se enormes expectativas sobre o lançamento do livro depois de amanhã.Quero apenas deixar umas notas sobre a entrevista, ou melhor, sobre o resultado da entrevista:- Desde logo, o local: um restaurante. O facto de não ser num escritório, ou em casa, ou seja no território do entrevistado, transmite a primeira mensagem: liberdade. O cidadão do mundo em que José Sócrates se tornou.- A aparência: moderna e "casual". Tal como se apresentou mais tarde na entrevista a Herman José na RTP1. Uma imagem que, mais uma vez, transmite autonomia. Cores e padrões neutros, correctos.- O tom: casual, coloquial, a resvalar para o negligente. Aqui penso que resultou mais de uma não-edição propositada da entrevistadora do que a intenção do entrevistado. Reforça o tom intimista e, mais uma vez, a espontaneidade. Talvez tenha resultado num "excesso de posicionamento" de descomprometimento.Estes terão sido os pontos mais positivos da entrevista, do ponto de vista formal.Sobre a edição propriamente dita, ao optar pela "narrativa" em vez da fórmula pergunta-resposta, a entrevistadora criou algum caos na leitura e na interpretação. Ficou.me várias vezes a dúvida se algumas declarações resultaram de respostas incompletas ou de temas forçados pelo entrevistado.Creio que Sócrates beneficiou mais da entrevista televisiva com Herman José. Que também teve no sábado passado a melhor audiência de sempre.-

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publicado às 17:25

Nick Clegg, comunicador do ano

por Alda Telles, em 20.10.10
O jovem líder dos Lib Dem e agora vice-primeiro-ministro do governo britânico foi eleito ontem Comunicador do Ano nos reputados PR Week Awards.Clegg revelou-se uma estrela durante os debates na campanha eleitoral e conseguiu um resultado histórico para o seu partido. Discurso sólido, postura desafiante e imagem "fresca" valeram-lhe resultados exponenciais nas sondagens pós-debates.Claro que este é um prémio "póstumo". As actuais sondagens de popularidade não são as mais favoráveis a Nick. E esse é o grande desafio da comunicação política: combater o desgaste da imagem do poder.

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publicado às 11:12

Gostava de ter escrito isto

por Alda Telles, em 26.09.10
Para além da mensagem que é um murro no estômago, hoje mais pertinente que nunca, o genial slogan "Folha de São Paulo, o jornal que mais se compra e nunca se vende". Gostava de ter escrito isto. Muitos jornais também gostariam de o poder escrever, estou certa.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=6t0SK9qPK8M&feature=player_embedded]

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publicado às 16:22

Guest Post: Lóbi e revisão constitucional

por Alda Telles, em 08.09.10
É com muito gosto que publicamos este "Guest Post", assinado pelo maior defensor do lóbi profissional em Portugal, Martins Lampreia.O que tem a ver o Lóbi com a possível revisão constitucional que actualmente faz parte da agenda politica? A priori nada. Na prática muita coisa.Comecemos por relembrar o conceito europeu de Lóbi. Quem está minimamente familiarizado com este assunto, sabe que o Lóbi não é mais do que a defesa dos interesses de um determinado sector da sociedade perante os Poderes Públicos. Tal como o Advogado defende os interesses dos seus clientes perante o Poder Judicial (responsável pela aplicação da Lei), o Lobista, defende os interesses dos seus clientes, mais a montante perante os Poderes Legislativo e Executivo; -Isto é perante quem faz as leis.Em qualquer sistema democrático, os lóbis são legitimados e representam uma importante peça da engrenagem da Democracia, funcionando como uma espécie de contra peso dos Poderes Políticos.Costuma-se dizer que os Lobistas são o braço armado da Sociedade Civil, de quem defendemos interesses perante os poderes instituídos.A nível da União Europeia tanto a Comissão como o Parlamento Europeu não só reconhecem a legitimidade dos grupos de interesses (isto é dos Lóbis) como consideram a sua existência altamente vantajosa e necessária, ao equilíbrio democrático e ao bom funcionamento das instituições.Por essa razão os cerca de 5000 Lobistas acreditados no Parlamento fazem parte integral da “paisagem” e circulam dentro da instituição com a mesma liberdade que os Eurodeputados, assistentes, funcionários ou jornalistas.Claro que o exercício dessa profissão tem de ser feito com grande profissionalismo e está sujeito a apertadas regras de ética, e de transparência e sob um rigoroso controlo; nem poderia ser de outra forma.O que nos leva á questão recorrente: se o Lóbi traz tantas vantagens, porque não é reconhecido e regulamentado em Portugal? (e já agora em Espanha também?)Na verdade é intrigante que no fim de 36 anos de Democracia e de 24 anos integrados na União Europeia, a actividade ainda tente funcionar com os requisitos do pré-25 Abril, isto é através do pedido, da cunha do compadrio, etc…, também é verdade que ao longo destes últimos anos houve por parte de alguns governantes umas tímidas tentativas de discutir o assunto, no âmbito de uma maior transparência e do combate á corrupção. Mas nenhuma iniciativa teve qualquer seguimento.Porque será então que o Lóbi não é legalizado, nem controlado, no nosso País?Já me colocaram varias vezes essa pergunta e, pessoalmente, vejo quatro razões principais na origem desta situação.a)    Apesar de termos sido dos poucos países a traduzir para o dicionário em 2002, a palavra original “Lobby” para “Lóbi” e “Lobbyist” para ”Lobista”, a verdade é que não temos, como os países nórdicos, nenhuma tradição na defesa de interesses da Sociedade Civil perante os poderes instituídos. Nesses Países, questionar os eleitos é um direito que o sistema democrático confere a qualquer cidadão. A nossa estrutura mental ainda está formatada pela influência de meio século de ditadura, e mesmo uma geração após o 25 Abril, ainda se aborda com um laivo de “servilismo”, um distanciamento respeitoso, e até um certo receio os detentores dos cargos Públicos, esquecendo o cidadão que foi ele, com o seu voto, que os elegeu. Com esta forma de estar como pano de fundo, ousar abordar os eleitos para propor seja o que for, não é uma pratica corrente para a maioria dos grupos de interesses.b)    Os Media, terão também a sua quota-parte de responsabilidade, dado que até há bem pouco tempo (já não é verdade desde há uma meia dúzia de anos) sempre que se falava de Lóbi, Lóbis ou Lobistas, era inevitavelmente de forma pejorativa, como sinónimo de uma actividade obscura, marginal e pouco recomendável.Isso ajudou em muito a criar na opinião pública a conotação negativa que ainda envolve a actividade, identificando-a, erradamente, com o tráfico de influências, a manipulação ou até corrupção.c)    Por outro lado, os grandes grupos económicos presentes em Portugal, e que poderiam devido à sua influência alterar a situação, tão pouco se mostraram muito interessados em mudar seja o que for, visto que do seu lado nunca tiveram qualquer dificuldade de acesso aos órgãos do Poder. Como se pode imaginar qualquer responsável de um desses grupos, ou das nossas 100 maiores empresas, sempre que quiser falar com um governante, um deputado ou um politico influente, bastar-lhe-á pegar no telefone e faze-lo directamente. Para quê alterar esta situação confortável, criar novas regras, alargar o leque de influência a outros sectores e nomeadamente às PME’s?d)     Por último, e certamente a razão mais importante a meu ver, é que um terço dos nossos deputados na Assembleia da Republica, (cerca de 70) só estão lá em part-time.E o que fazem na outra parte do tempo? A maioria trabalha no privado em grandes escritórios de advogados ou em grandes empresas, muitas das quais multinacionais estrangeiras (refira-se a titulo de exemplo o caso do ex-deputado Pina Moura que trabalhava em simultâneo para a Iberdrola).Ao acumularem estas duas funções, acabam por estar com um pé no sector público e outro no privado.Ou se quisermos, e por outras palavras, são lobistas em “part-time”. Qualquer pessoa terá o bom senso de reconhecer que é natural e humano que defendam no Parlamento os interesses das outras identidades para quem trabalham na outra parte do dia. E refira-se que não estão a cometer qualquer ilegalidade, dado que a constituição prevê essas situações. Isto explica certamente, a razão porque ao fim de uma dezena de anos, a tentar convencer os Grupos Parlamentares, de todos os quadrantes políticos, a discutirem uma possível regulamentação da actividade, sempre encontrei grandes resistências. Por isso enquanto não se impuser um regime de exclusividade para os detentores de cargos políticos na AR, é pouco provável que qualquer medida avance nesse sentido.Agora que se fala tanto numa possível (se bem que improvável) revisão constitucional, creio que a solução do problema poderia passar justamente por ai.Claro que não me refiro a introduzir qualquer menção ao Lóbi no texto da constituição, o que seria absurdo, mas que se alterasse a situação dos nossos deputados eleitos, para que só pudessem exercer os seus cargos em regime de total exclusividade.Acabando-se com os “Deputados-lobistas”, estou seguro que este nosso assunto passaria rapidamente a constar das agendas dos Grupos Parlamentares.Enquanto isso não se verificar só nos resta insistir no que eu e alguns colegas de profissão temos vindo a fazer individualmente nestes últimos tempos. Denunciar a situação, e aproveitar todas as oportunidades para continuar fazer Lóbi pelo Lóbi, para que a palavra assuma  todo o seu verdadeiro significado e que a actividade seja finalmente dignificada.J. Martins LampreiaConsultor / Lobista

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publicado às 18:04

[caption id="attachment_249" align="aligncenter" width="614" caption="Capas dos jornais hoje no Reino Unido"][/caption]

Gordon Brown está a viver um dos maiores pesadelos que um político em vésperas de eleições pode viver. Foi difundida uma conversa privada com o seu staff (creio que pela Sky News)  e cuja novela podemos ver aqui.

É provável que este episódio não tenha uma influência decisiva nas votações. Nesta altura, quem não gosta de Brown tem mais motivos para alimentar ódios, quem já pretendia votar Labour não levará o desabafo a peito. Pelo menos, uma sondagem ontem do Sun (que o jornal, significtivamente, não publicou) revelou que a maioria dos ingleses não se sentiu especialmente incomodada com os comentários.Em termos de comunicação, o "Bigotgate" suscita duas questões que me interessam. A primeira, a divulgação de uma conversa completa e inequivocamente privada entre Brown e o seu staff, dentro do seu carro, com a porta fechada. O facto de o microfone ter ficado ligado não justifica, na minha opinião, que a estação de televisão tenha utilizado o que designo de verdadeiras "escutas ilegais".Há quem dirá que são de "interesse público", porque "revelam o verdadeiro carácter" e a hipocrisia de Brown. Hipócritas são aqueles que fingem acreditar que, como muito bem disse Vasco Campilho no twiiter, "não há ninguém que, nalgum momento, não tenha acenado a alguém enquanto entre-dentes lhe chamava de parvo". Isto não define o carácter de ninguém, muito menos um político desgastado, sob enorme stress, numa disputa eleitoral renhida.O segundo aspecto, e o que mais me interessa, é a "gestão da crise mediática" dos conselheiros de Gordon Brown. O pedido de desculpas público, a explicação dada numa entrevista à BBC, creio que se impunha. O caso foi demasiado exposto.A ida de Brown a casa da Sra. Duffy, para lhe dar explicações pessoalmente, e ainda se desculpar com o seu satff, foram, a meu ver, patéticas e absolutamente desnecessárias. Segundo as sondagens, os mesmos que acharam um escândalo o que ele disse da "bigotuda" senhora, acharam que Brown não estava a ser sincero (e acredito que não) e os que não lhe deram importância talvez se tenham sentido um pouco incomodados.O desvario mediático, levado aos extremos no Reino Unido (parece que a Sra. Duffy já tem um agente de relações públicas) leva ao desnorte da comunicação de crise. Estamos a criar políticos patetas e medrosos e uma opinião pública intoxicada, quando os desafios dos países e das populações nunca foram tão terríveis.

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publicado às 14:36

Capitulação em directo

por Alda Telles, em 28.03.10
Dever ter sido sentido como um murro no estômago o discurso com que o mayor de Londres, Boris Johnson, brindou a assistência nos British Press Awards. "On behalf of all British politicians I have come tonight  to convey our unconditional surrender."Aludindo a casos gerais e outros concretos da "guerra" entre política e media britânicos, Johnson desafia os jornalistas a tomarem conta da governação: "I come to you to propose, as a gesture of submission, that we change places".Num arremesso de ironia violenta, Boris transfere para os jornalistas as rédeas de um "país destroçado": "Because, quite frankly, our defeated, exhausted, broke, broken, brokeback Britain can wait no longer for the transfusion of probity you will bring."No final, glosando Platão (?) termina com uma frase "The Republic will never be properly governed, my dear Glaucon, until all the politicians are journalists and all the journalists are politicians". Esta analogia foi curiosamente aqui destacada a propósito de um artigo de José Adelino Faria.Mas isto é uma terra de costumes em lume brando, pequenas alegorias sem ofender ninguém.Seria sequer imaginável um discurso destes por um político em Portugal?O discurso completo de Boris Johnson aqui. (Créditos ao Buzzofias, que identificou este discurso).

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publicado às 20:25

Conselho em comunicação e democracia

por Alda Telles, em 07.03.10
Nos dois últimos dias, a consultoria/assessoria de comunicação surgiu, independentemente das conotações que lhe quiseram emprestar, como uma função influente na vida pública.Foi primeiro, na sexta-feira, o enigmático caso dos assessores de Rangel que teriam sido "despedidos" - embora sejam desconhecidos.Já aqui tínhamos abordado o tema, em reacção a um post de João Villalobos. Salvador da Cunha também o comentou, sensivelmente na mesma linha e referindo-se mais tarde a Pacheco Pereira. Li entretanto que os "assessores" seriam dois jovens eurodeputados. Não é muito importante quem seja, para aquilo que me interessa enquanto profissional do sector. O que interessa é que é atribuída relevância, para o bom e para o mau, do conselho em comunicação. Embora fosse muito bom, para o PSD e a democracia, que esses consultores ou assessores não tivessem a face oculta (sobretudo depois de terem sido trazidos à praça pública pela candidatura).Ontem, o Expresso fez manchete com "Governo contrata agência de comunicação", infelizmente de forma tendenciosa como se de mais um "escândalo" público se tratasse. Quem ler o artigo completo, percebe que é prática corrente hoje em dia os governos de todo o mundo recorrerem a serviços especializados de gestão da imagem e opinião pública, para além de transparentes acções de lobbying.  Uma medida inteligente, portanto, como diz Salvador. Refira-se também que a agência internacional contratada está voluntariamente listada no PE.Uma coisa é certa: ninguém pode ser indiferente ao papel da  consultoria de comunicação e quanto mais transparente ela for, melhor para a democracia.

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publicado às 23:15

Quem te viu e quem tv

por Alda Telles, em 03.03.10
[caption id="attachment_78" align="alignleft" width="300" caption="Foto retirada do DN online"][/caption]O debate ontem à noite entre dois candidatos à presidência do PSD foi revelador de como a comunicação é uma ciência complexa e de como hoje uma figura pública tem de saber navegar em várias águas.Paulo Rangel, que desceu à terra com a aura do "tribuno implacável" teve o mais duro embate até agora da sua curta vida política num meio e num formato bem distintos da redoma parlamentar. A televisão é implacável na imagem e o debate face-a-face exige capacidades de riposta, "bridging" e "fair-play" que Rangel claramente não domina.Passos Coelho demonstrou que a longa "rodagem", e certamente muito treino em "media delivery" são tão ou mais importantes que a mensagem. Coelho tem ainda uma evidente vantagem em termos de imagem (embora a extrema finura dos lábios lhe empreste um ar sempre contrito) e beneficia de incontestáveis dotes de timbre e colocação de voz.Mas,  como disse Ricardo Costa, o que parece ser evidente em termos de opinião pública em geral (parece incontestável que Passos Coelho venceu o debate) é pouco relevante em termos dos resultados das directas. Aí, as qualidades de oratória e o discurso provocador poderão conquistar uma plateia que, à míngua de poder há tantos anos, decida apostar na truculência atrevida de Rangel. Porque na comunicação interna, o populismo também tem os seus resultados.

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publicado às 13:44

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